... cheira a Lisboa!...
Normalmente é com este misto de alegria, imaginação e boa disposição que viajo para a capital. E sabem porquê? Mesmo passados 36 anos quando em Julho de 74 regressámos a Lisboa vindos da nossa "comissão de serviço" em Angola, com o chamado "dever cumprido", após 9 horas de vôo nos TAMs (Transportes Aéreos Militares), ao entrarmos em território português exactamente pelo Algarve, eis que uma grande alegria, incontida emoção em quase todos nós CART. 3514, entoou, cantou, berrou, quase até chegarmos à pista de aterragem, a canção "Cheira bem, cheira a Lisboa!..."
Um momento tão emocionante e marcante na minha vida pessoal, se calhar na de nós todos, pôde jamais ser igualada, testemunhada pelo marejar das lágrimas que sorrateiramente caíam sem que nos apercebêssemos mas que, ao mesmo tempo, embargava a nossa voz e o nosso canto.
Depois a descida em camiões militares para entrega de fardamento, por avenidas que não me recordo, com a população aqui e ali, reconhecendo o regresso de militares vindos do "Ultramar", acenando, dando vivas ao 25 de Abril com os dedos em posição de V de vitória, correspondendo nós com a mesma sinalética e com os gritos de alegria e Vivas a Portugal, fizeram daquele pedaço de tempo, algo inebriante, inigualável, que perdurará para todo o sempre nos nossos corações.
Passei há dias por Lisboa. Como sempre recordei todos aqueles momentos! Por isso, sempre que lá vou, raramente me esqueço daquele dia de Julho de 1974... e da semana seguinte aonde tive que aguardar transporte para os Açores, na gostosa companhia do meu querido amigo Carrilho...
Um abraço para todos!
domingo, 25 de maio de 2008
segunda-feira, 19 de maio de 2008
LUSO 11 ABRIL 72
Viagem de Todos os Medos
36 Anos depois vamos recordar essa viagem de todos os medos. Segunda-feira de madrugada, naquela coluna MVL com a protecção de um esquadrão dos dragões, que nos havia de transportar do Luso até Luanguinga - G. Coutinho, encolhidos atrás dos tapais das viaturas como gado a caminho do matadouro, 406 kms de picada, mata, calor, suor, mosquitos, pó, ansiedade, e muitos temores, como baptismo de campanha naqueles 27 longos meses, onde nada havia, onde apenas a esperança, solidariedade e amizade não eram palavras vãs, mas a realidade do dia a dia, passados neste lugar inóspito, onde um dia alguém em desespero de causa, denominou como a Terra do Fim do Mundo.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
SEIXAL Junho 2007
Foto reportagem do nosso convivio na Quinta da Valenciana em Fernão Ferro, organizado pelo camarada Gonçalves no Seixal em 2007.
Em cima: Serafim Gonçalves, Vieira, Parreirinha, Fogeiro, André Águas, Brás, Medeiros, Costa e Silva, Jomi, Correia, Carrusca, Oliveira, Carreira, Dinis, Santiago Duarte, Venâncio do Carmo.
Em Baixo: Milo, Gaspar, Gonçalves, Paulo Ribeiro, Duarte, Carvalho, Parreira, Rodrigues, Pinto, Melo, Pereirinha.
Em cima: Serafim Gonçalves, Vieira, Parreirinha, Fogeiro, André Águas, Brás, Medeiros, Costa e Silva, Jomi, Correia, Carrusca, Oliveira, Carreira, Dinis, Santiago Duarte, Venâncio do Carmo.
Em Baixo: Milo, Gaspar, Gonçalves, Paulo Ribeiro, Duarte, Carvalho, Parreira, Rodrigues, Pinto, Melo, Pereirinha.
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